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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Proteção além dos muros: por que crescem investimentos em segurança de condomínios

                  

Proteção além dos muros: por que crescem investimentos em segurança de condomínios


Daniel Nahas - Divulgação Administradora Casa


Já houve um tempo em que condomínio era sinônimo de segurança. Por ser geralmente cercado por muros e protegido por vigia 24 horas por dia, era quase inconcebível a ideia de que alguma pessoa mal intencionada escolhesse um aglomerado de moradores para praticar crimes. Mas os tempos mudaram, e a inovação, até mesmo para o mal, também passou por golpes mais, digamos, criativos.

Isso fez fragilizar os sistemas de defesa dessas residências. De acordo com o Sindicato dos Condomínios do Estado de São Paulo (Sindicond), a quantidade de furtos e roubos a condomínios em todo o estado aumentou 11,09% no 1º semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior. Em números absolutos, as ocorrências subiram de 2.245 em 2021 para 2.494 no ano passado. Imagine a quantidade de casos em todo o país!

Fato é que o aumento da violência até mesmo nesses locais fez aquecer o mercado de segurança. Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) mostra que o setor viu seu faturamento aumentar em 18% no ano passado, superando a marca dos R$ 11 bilhões de investimentos em segurança condominial.

Boa parte desses recursos se devem em parte aos avanços do próprio mercado. Manter uma guarita que tem gastos com luz e água, além das despesas com salário de segurança que recebe férias, 13º salário, adicional noturno, etc. tende a ser bastante dispendioso para o caixa do condomínio. Não é de hoje, porém, que existem opções de instalações mais modernas e eficazes, como câmeras de segurança dotadas de inteligência artificial, que utilizam o reconhecimento facial como meio de acesso ao espaço, e o porteiro eletrônico, operado por empresas que oferecem serviços de segurança de maneira remota.

Alguns artifícios ainda mais modernos e ousados também vêm sendo usados, como drones programados para fazer rondas e mapear possíveis ameaças nos arredores do local. Paralelamente, algumas medidas mais simples, como a instalação de cercas elétricas e o acesso em duas ou mais etapas, também vêm sendo amplamente utilizadas.

Isso mostra que existem muitas formas de se proteger os condomínios, e que esses recursos devem estar à frente dos riscos mais elevados a que estão expostos. Mas, diante de tantas opções e do aumento da violência, torna-se necessário também haver administradoras de condomínios com maior expertise para estudar e gerenciar o sistema de segurança que melhor se adapte a cada realidade.

Um sistema de segurança não pode ser definido somente por ser o mais avançado ou o mais barato, mas deve conciliar um custo-benefício atraente, sem perder minimamente a sua eficácia. Uma escolha errada, feita com uma boa dose de despreparo, pode significar desperdício de dinheiro e, pior, pouca efetividade na proteção do condomínio.

Por isso, há o desafio de conscientizar os moradores sobre a escolha mais adequada para o ambiente em que mora, e levá-los a compreender que essa decisão demanda conhecimento técnico e administrativo para oferecer as melhores opções. Diante da violência urbana, ter uma equipe altamente especializada para lidar com a segurança é uma tendência inevitável do mercado.


O autor é Daniel Nahas, MBA em gestão empresarial, especialista em administração de condomínio e CEO da Administradora CASA, empresa especializada em administração de condomínios na região metropolitana de Belo Horizonte - contato@admcasa.com.br

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